segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Idealismo Alemão

A busca de um sistema unificador do real
Uma doutrina é idealista quando concebe que o sujeito tem um papel mais determinante que o objeto no processo de conhecimento. A explicação desse processo variará de filósofo para filósofo:  Platão (principal idealista da Antiguidade) a fez em sua teoria das ideias; Descartes "Penso, logo existo." ; Kant "das coisas só conhecemos a priori aquilo que nós mesmos colocamos nelas".


Fichte e Schelling: princípios unificadores



Johann Gottlieb Fichte é considerado um dos filósofos pioneiros do idealismo.Segundo ele, trazemos em nós concepções lógicas das coisas do universo e este, necessariamente, reflete essas concepções lógicas.




 Friedrich Schelling procurou explicar como se dá a existência o mundo real, das coisas, a partir do EU, discordando de Fichte. Para ele, existe um único princípio, uma inteligência exterior ao próprio EU, que rege todas as coisas. Essa inteligência se manifestaria de forma visível em todos os níveis da natureza até alcançar seu nível mais alto. 


Hegel: o projeto de conhecimento universal 



Principal expoente do idealismo alemão. Buscando resposta para o maior número de questões, ele tentou reconciliar a filosofia com a realidade. Suas principais obras são Fenomenologia do Espírito, Princípios da filosofia do direito e Lições sobre a história da filosofia.

Espírito e movimento dialético
Entender a realidade como Espírito, de acordo com Hegel, é entendê-la não apenas como substância, mas também como sujeito. Isso significa pensar a realidade como processo, como movimento, não só como coisa. A realidade, enquanto Espírito, possui uma vida própria, um movimento dialético. Hegel, caracterizava os diversos momentos sucessivos pelos quais determinada realidade se apresenta.

Consciência rumo ao saber absoluto
Compreender a dialética da realidade, segundo Hegel, exige razão, que deve se afastar do entendimento comum e se colocar no ponto de vista do absoluto. A razão alcança a consciência da unidade entre ser e pensar, harmonizando subjetivamente e objetivamente.
O pensamento de Hegel, se apresenta como um grande sistema, que permite pensar tanto a natureza, a realidade física, e o Espírito. 
O trabalho da filosofia seria o de superar o entendimento finito e limitado das coisas finitas e limitadas para alcançar o saber absoluto. Caminhar da consciência rumo ao absoluto.

Relação entre filosofia e história
A obra de Hegel demonstra i caminho do conhecimento finito, ao conhecimento absoluto em vários campos do saber, tanto em relação a natureza, como ao Espírito.
Quanto a natureza, rompeu a visão romântica, proclamando a absoluta superioridade do Espírito, que se realizava na história dos homens por meio da liberdade. Reconheceu o Espírito em três momentos:
  • Espírito subjetivo - que se refere ao indivíduo e à consciência individual;
  • Espírito objetivo - que se refere às instituições e costumes historicamente produzidos pelos homens;
  • Espírito absoluto -  que se manifesta na arte, na religião e na filosofia, como espírito que se compreende a si mesmo. 
Hegel diz que "a história é o desdobramento do Espírito no tempo". A filosofia da história deve captar o movimento histórico não como momentos estanques, mas do ponto de vista da razão, do absoluto. Assim, a história é uma contínua evolução da ideia de liberdade, que se desenvolve segundo um plano racional.
Todas as coisas existentes, mesmo as piores, fazem parte de um plano racional e que, portanto, têm um sentido dentro do processo histórico. Esse conceito de Hegel, rendeu várias críticas.

Contestação do sistema hegeliano
Vários filósofos contestaram a filosofia de Hegel. Mesmo entre seus seguidores, tem-se os neo-hegelianos de direita e de esquerda, que modificaram aspectos da sua filosofia, procurando adequá-la a seus projetos políticos.

Feuerbach: ser concreto e materialismo




Ludwig Feuerbach foi o pensador que mais se destacou na crítica à filosofia de Hegel. Ele propôs que a filosofia deveria partir do concreto, do ser humano considerado como um ser natural e social. Ser concreto = materialismo.



Schopenhauer: vontade e representação 
Filósofo que atacou com maior veemência o pensamento hegeliano. Chamou Hegel de "charlatão" ao construir uma filosofia segundo aos interesses do Estado prussiano.
Para ele, apenas pela arte e ascesse, ou seja, o abandono de si, pode o homem se libertar da dor. A filosofia schopenhaueriana inspirará as filosofias da existência.

Kierkegaard: a experiência única da vida



Sören Kierkegaard também contestou a supremacia da razão como único instrumento capaz de estabelecer a verdade, tal como Hegel propunha.  Como pensador cristão, defendeu o conhecimento que se origina da fé. Ele afirmava que a existência humana possui três dimensões:
  • a dimensão estética - na qual se procura o prazer;
  • a dimensão ética -  na qual se vivencia o problema da liberdade e da contradição entre o prazer e o dever;
  • a dimensão religiosa - marcada pela fé.


2 comentários:

  1. valeu pelo conteúdo............bom

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  2. Olá Gabriella Giovanna!

    Me chamo Rick Pinheiro e sou professor de filosofia e sociologia aqui em Maceió.

    Venho aqui para te parabenizar pelo blog, como também para te convidar a me adcionar no Facebook para mantermos contato e trocamos informações. Espero que você aceite o meu convite.

    Parabéns! Continue assim!

    Bjos! Fica com Deus!

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