Uma doutrina é idealista quando concebe que o sujeito tem um papel mais determinante que o objeto no processo de conhecimento. A explicação desse processo variará de filósofo para filósofo: Platão (principal idealista da Antiguidade) a fez em sua teoria das ideias; Descartes "Penso, logo existo." ; Kant "das coisas só conhecemos a priori aquilo que nós mesmos colocamos nelas".
Fichte e Schelling: princípios unificadores
Johann Gottlieb Fichte é considerado um dos filósofos pioneiros do idealismo.Segundo ele, trazemos em nós concepções lógicas das coisas do universo e este, necessariamente, reflete essas concepções lógicas.
Hegel: o projeto de conhecimento universal
Principal expoente do idealismo alemão. Buscando resposta para o maior número de questões, ele tentou reconciliar a filosofia com a realidade. Suas principais obras são Fenomenologia do Espírito, Princípios da filosofia do direito e Lições sobre a história da filosofia.
Espírito e movimento dialético
Entender a realidade como Espírito, de acordo com Hegel, é entendê-la não apenas como substância, mas também como sujeito. Isso significa pensar a realidade como processo, como movimento, não só como coisa. A realidade, enquanto Espírito, possui uma vida própria, um movimento dialético. Hegel, caracterizava os diversos momentos sucessivos pelos quais determinada realidade se apresenta.
Consciência rumo ao saber absoluto
Compreender a dialética da realidade, segundo Hegel, exige razão, que deve se afastar do entendimento comum e se colocar no ponto de vista do absoluto. A razão alcança a consciência da unidade entre ser e pensar, harmonizando subjetivamente e objetivamente.
O pensamento de Hegel, se apresenta como um grande sistema, que permite pensar tanto a natureza, a realidade física, e o Espírito.
O trabalho da filosofia seria o de superar o entendimento finito e limitado das coisas finitas e limitadas para alcançar o saber absoluto. Caminhar da consciência rumo ao absoluto.
Relação entre filosofia e história
A obra de Hegel demonstra i caminho do conhecimento finito, ao conhecimento absoluto em vários campos do saber, tanto em relação a natureza, como ao Espírito.
Quanto a natureza, rompeu a visão romântica, proclamando a absoluta superioridade do Espírito, que se realizava na história dos homens por meio da liberdade. Reconheceu o Espírito em três momentos:
- Espírito subjetivo - que se refere ao indivíduo e à consciência individual;
- Espírito objetivo - que se refere às instituições e costumes historicamente produzidos pelos homens;
- Espírito absoluto - que se manifesta na arte, na religião e na filosofia, como espírito que se compreende a si mesmo.
Todas as coisas existentes, mesmo as piores, fazem parte de um plano racional e que, portanto, têm um sentido dentro do processo histórico. Esse conceito de Hegel, rendeu várias críticas.
Contestação do sistema hegeliano
Vários filósofos contestaram a filosofia de Hegel. Mesmo entre seus seguidores, tem-se os neo-hegelianos de direita e de esquerda, que modificaram aspectos da sua filosofia, procurando adequá-la a seus projetos políticos.
Feuerbach: ser concreto e materialismo
Ludwig Feuerbach foi o pensador que mais se destacou na crítica à filosofia de Hegel. Ele propôs que a filosofia deveria partir do concreto, do ser humano considerado como um ser natural e social. Ser concreto = materialismo.
Schopenhauer: vontade e representação
Filósofo que atacou com maior veemência o pensamento hegeliano. Chamou Hegel de "charlatão" ao construir uma filosofia segundo aos interesses do Estado prussiano.
Para ele, apenas pela arte e ascesse, ou seja, o abandono de si, pode o homem se libertar da dor. A filosofia schopenhaueriana inspirará as filosofias da existência.
Kierkegaard: a experiência única da vida
Sören Kierkegaard também contestou a supremacia da razão como único instrumento capaz de estabelecer a verdade, tal como Hegel propunha. Como pensador cristão, defendeu o conhecimento que se origina da fé. Ele afirmava que a existência humana possui três dimensões:
- a dimensão estética - na qual se procura o prazer;
- a dimensão ética - na qual se vivencia o problema da liberdade e da contradição entre o prazer e o dever;
- a dimensão religiosa - marcada pela fé.
valeu pelo conteúdo............bom
ResponderExcluirOlá Gabriella Giovanna!
ResponderExcluirMe chamo Rick Pinheiro e sou professor de filosofia e sociologia aqui em Maceió.
Venho aqui para te parabenizar pelo blog, como também para te convidar a me adcionar no Facebook para mantermos contato e trocamos informações. Espero que você aceite o meu convite.
Parabéns! Continue assim!
Bjos! Fica com Deus!